13 DE JANEIRO DE 1724
13 DE JANEIRO DE 1724
Por provisão régia desta data foi concedida licença ao presidente das missões as
provincia da Comceição da capitania do Pará «para poder ter na mesma capitania hua Casa de
enfermaria para nella se podrem curar e recolher os missionários que adoecem,
porque de não terem abrigo algum padecem grande descômodo, não só corporalmente,
mas ainda espiritualmete, do que movido hum devoto se lhe offerecia a fazer a
dita Caza»;
attendendo a estes motivos, representados pelo referido presidente, e «ao que sobre este
requerimento informou o Governador e Capitão General João da Maia da Gama,
ouvindo os officiaes da Camara, como se lhe ordenou», e tambem ao que a respeito
do assumpto respondeu o procurador da coroa,
é que foi concedida a sobredita licença, exarada nos seguintes termos:
«Hey por bem, por rezolução de sete do
presente mez e anno, em consulta do meu Conselho Ultramarino, conceder licença
aos missionários da Provincia da Conceição da Capitania do Grão Pará para que
possão nella ter hua Caza onde se venhão recolher, curar, e receber o seu
provenimeto que lhe vae deste Reino; com declaração porém que de nenhuma
maneira possa a ser Hospicio... El-Rey Nosso Senhor o mandou, etc. Lisbôa
Occidental a 13 de Janeiro de 1724.»
Esse recolhimento foi
estabelecido, tornando-se depois «Hospicio
de São Boaventura».
( Cod. MXX-29-47, da Bibl. Nac. do rio de Janeiro, mod.).
1770
Em officio desta data, dirigido por Fernando da Costa de Ataíde Teive a
Francisco Xavier de Mendonça Furtado (doc. Do Arvh. Publ. Nac.), refería-se
aquelle governador á fundação da Villa de Mazagão nesse mesmo anno de 1770 (
não em 1771, como diz Baena, no «Compendio das Eras», no rio Mutucá (não no rio
Maracapucú, como affirma Baena, ibidem), «sendo para isso escolhido um sitio chamado do
Principal Thomaz Luiz, que então já não existia».
Foi encarregado da
fundação Ignacio de Castro de Moraes Sarmento.
As famílias que se
haviam retirado da Praça de Mazagão, em Africa, para Lisbôa, embarcaram nesse
mesmo anno para o Pará, na corveta «São Francisco Xavier
» e galera «São Joaquim e Santa Anna» da «Companhia Geral do Commercio
dôo Gram Pará e Maranhão», chegando
ainda em 1769 (não
em 1770, como
opina Baena, ibidem).
A «Companhia Geral do Commercio
do Gram Pará e Maranão»
gastou nesse serviço cerca de 18:000$, incluvive provisões e viveres, conforme
se deduz dis «Annaes
da Provincia do Pará»,
de José Ricardo da Costa Aguiar e outros escriptos (Ms. Do Inst. Hist. e Geogr.
Bras.).
No anno de 1770
seguram algumas dessas famílias para a nova Mazagão, não todas, porque umas
ficaram por seu pedido na cidade do Pará, e outras por não haver ainda na Villa
Mazagão casa sufficientes para alojá-las.
Foi pelo governadôr e
capitão general encarregado da onstallção dellas alli Manuel da Gama Lobo d’Almeida,
tambem vindo da praça de Mazagão, «o
qual podia certamente ser muito útil a este estabelecimento, conhecendo as famílias,
e sabendo de expereiencia os vícios de que devia desviar para lhes promover com
igualdade os seus respectivos interesses, que consistiam na applicação da
Agricultuta, etc.».
Entre as famílias quer
vieram de Mazagão, em Africa, para o Pará, contava-se o capitão Francisco Pinho
de Castilho, casado com d. Joanna Leitão de Castilho, de que tinha dous filhos,
Afonso Leitão de Castilho e Salvador Leitão de Castilho, em 1784.
Era cavalheiro
professor na Ordem de Christo, e o maior lavrador da Villa de Mazagão, segundo
informações dadas ao governo da metropole, naquelle anno, pelo governador e
capitão general Martinho de Sousa Albuquerque.
1781
Foi fundada a povoação de Vizeu, á margemesquerda do rio Gurupi (Offcio de 27
de Janeiro de 1781, dirigido por José de Napoles Tello de Menêses, governadôr e
capitão general do Pará, a Martinho de Mello e Castro (doc. Do Arch. Publ. Nac.)
)
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