25 DE MARÇO DE 1685
25
DE MARÇO DE 1685 ̶ Partiu de Lisbôa para São Luiz, na nau «Conceição», o governador e capitão
general nomeado Gomes Freire da Andrada.
̶
1717 ̶ Nesta data, e por
intermédio do governador e capitão general do Pará Francisco Xavier de Mendonça
Furtado offereu o célebre sertanista João de Sousa Azevêdo ao Govêrno da
metropole uma memória sobre os limites do Brasil com as colônias hispanholas
(ractado de 1750).(1)
Este afamado batedor de sertões fez
importantes explorações em S. Paulo, Matto-Grosso e Pará, e principalmente nos
rios Paraguai e Amazonas(2).Em uma
de suas incursões e estes dous rios, partiu elle de Araritaguaba, então
freguezía, hoje cidade de S. Felix, distante cinco léguas da cidade de Itú, e
que era o porto geral da navegação pelo Tieté abaixo, para as minas de Cuiabá,
donde Azevêdo navegou pelos rios Paraná, Pardo, Camapuan, Coxim, Taquari e
Cuiabá, descendo deste ultimo ao Paraguai, «que navegou agoas acima, até emtrar
no seu braço Sipótuba, que remontou até as mais remotas e praticáveis fontes;
varando dellas por terra as canoas para hua das cabeceiras do Sumidouro, transito
que provavelmente não será extenso, porque para conseguir esta passagem cortou
as arvores da mattaria em que nascem estes dous visinhos, e opostos rios; o que
vencido, e passadas as canôas para o Sumidouro, se lançou a favor da sua
correntesa, até entrar no Arinos; e deste pelo Tapajós ao Amazonas. Esta
navegação se fez pelos annos de 1746, deixando até hoje famoso nome ao dito
major João de Sousa; pela impávida resolução com que venceo o não esperado
ostaculo de se lhe occultar o Rio por bayxo de hum monte que toca
perpendicularmente, abrindo nelle hûa ampla furna, pela qual fura,e parece mais
magestoso na outra oposta falda do Monte;espaço que dizem será de hum quarto de
legoa. O serto é que canôas, com hunas largas borbaduras, ou abas, que lhe poz
de madeiras leves aparecerão intactas no lado inferior deste sombrio subterrâneo; circustancia que
deo o nome de Sumidouro a este,só por aquella vez trilhado Rio, em que entrão
por hua e outra margem alguns confluentes» ̶
como descreve Ricardo Franco de Almeida Serra. (3)
«O sargente-mór João de Sousa Azedo,
celebre sertanista do seculo passado, foi o primeiro de que ha noticia ter
feito esta navegação no anno de 1747. Voltou do Pará pelos rios Madeira e
Guaporé para Matto-Grosso», diz um manuscripto de 1814, sem nome do auctor (Ms.
Da Bibl. Nac.,n. 142).
Na «Noticia da viagem de João de Sousa
Azevedo»,que vem em seguida á «Memoria Geografica do Rio Tapajóz», dá Ricardo
Francisco de Almeida Serra a seguinte descripção:
1
«No dia 4 de Agosto de 1746, sahio da
Caxoeira Grande do Rio Jaurú com 6 canôas carregadas com 490 alqueires de
mantimento,e 58 pessoas, em cujo numero entravão 32 escravos seus.
2
«Descento o dito Rio, e subindo o
Paraguay até a foz do Sipótuba entrou por este, e passados 12 dias de navegação
trabalhosa por causa das correntezas e ser o Rio lagiado, chegou a hum
Salto, como o de Itápurá no Tieté, onde varou as canôas por curto espaço, e
mais adiante achou outro semelhante varadouro, Entrou nas contravetentes do
Sumidouro, depois de varar as canôas por distancia de tres léguas, subindo hûa
grande Serra, em que gastou 50 dias.
Do Sumidouro
passou ao Arinos no dia 19 de dezembro (1746).
No dia 14 de
fevereiro de 1747, pelas sette da manhan, chegou á primeira missão dos jesuítas
denominada de São José (12), da parte esquerda de quem desce o Rio, e onde
falhou até o dia 15. A 16 passou para a margem direita, a qual, diz, distará
das outras, duas legoas, e no dia 18 chegou á 2a Missão,
da mesma banda direita, aonde existe a Fortaleza de Tapajóz, tento já o Rio em
partes 6 para 7 lagoas de largura».
̶ 1722
̶ Ordem régia á Camara de S. Luiz
do Maranhão, a respeito da divisão do Estado em dous governos:
«D. João etc. Faço saber a vós
officiaes da Camara da Cidade de S. Luiz do Maranhão que havendo visto o que me
reprezentastes em carta de 12de julho do anno passado, que eu fora servido
dividir esse Estado em dois Bispados, e tambem que nelle houvesse duas
Judicaturas, huma nessa Cidade; outra na de Belêm do Grão-Pará, cousa tão
desejada desses povos, porque sendo essa Capitania Cabeça do Estado, aonde os
Prelados e governadores devião fazer
assistência mais larga, para a expediçaõ dos negócios do meu serviço, o
naõ podem conseguir, porque forçozamente
lhe He necessário o hirem pessoalmente ao Pará, na fórma ahi o fazem, e como
por esta auzencia, de huma e outra parte padecem os povos grandes detrimentos
com molesítias, faltando-lhe o recurso, como tambem fazem grande falta ás
pessoas que vem da Bahia por terra com fazendas a essa Praça a arrematar os
Dizimos do Piauhy, que não achando o Governador ficão recebendo consideraveis
perdas fosse servido concedervos Governador assistente nessa Cidade, e outro
para o Pará: e attendendo ao que nesta parte me informou o Governador que foi
desse Estado Christovão da Costa Freire, e responderão os meus Procuradores da
Fazenda e Corôa: Me parecceo mandar-vos dizer por rezolução de 23 do prezente
mez e anno, em consulta do meu Conselho Ultramarino que houve por bem que haja
dois governadores, hum nessa Capitania, e outra no Pará, e por este meio se
escusarão os provimentos dos Capitaens mores: porem que esta divisão se não
deve praticar por hora se não para o futuro, quando se houver de Consultar esse
Govêrno, de que vos aviso para que assim o tenhaes entendido. El-Rey Nosso
Senhor o mandou por João Talles da Silva, e Antonio Rodrigues da Costa,
Conselheiros do seu Conselho Ultramarino, e se passou por duas vias. Miguel de
Macedo Ribeiro a fez em Lisbôa occidental a 25 de Março de 1722.» (Cod. DCCII-15-79, da Bibl. Nac. do
Rio de Janeiro. N. 5.601, do Cat. da Exp. de Hist. do Brasil: «Ordens régias para o Maranhão e Pará,
1673-1803.»)
1758 (Sabado da Alleluia) Pelo Governador e capitão general do
Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtaado, presente na localidade, foi erecta
em Villa, com nome de Obidos, a antiga aldeia dos Pauxis, que era administrada
pelos padres da Piedade. (Off. Citado Ibidem. )
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