7 DE MARÇO DE 1624 - Moronguêtá - Memorial do Livro

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07 março 2016

7 DE MARÇO DE 1624

7 DE MARÇO DE 1624 ­ Saiu com esta data publicada, em fol. De 12 fls. Não numeradas, a « Relaçam svmaria das covsas do Maranhão» de Sumão da Sylveira, editada em Lisbôa, com licenças necessarias, por Geralda da Vinha.(1)
Com referencia ao rio Amazonas, relata essa valiosa obra, apreciando os varios descobrimentos e explorações até então nelle effectuados:
« ... O ultimo descobrimento deste Rio (Pará ou de las Amazonas) mandou fazer Mathias de Albuquerque por ordem de sua Magestade pelo Pilloto Antonio Viçente Cochado que subio até 400 legoas por elle assina. Ahi temos hua fortaleza da banda do sul da boca do dito Rio, mal fortificada e sem defença. » (2)
« Desde de a ponta da barra do Maranhão da parte do poente, chamada o Gumá, correndo 120 leguas, que há até o Separará, que lhe a ponta da Barra do Pará, da parte de Leste, se vem a achar justamente a linha equinocial. »
« A Fortaleza da Cidade de Belem ( antigo Forte do Presepio ), levantada por Bento Marciel Parente era de taipa de pilão, com 90 braças de muralha pela parte de terra, de sete palmos de grossura, e 17 de altura, com tres baluartes e petriles (sic) todo de hormigon (sic),  ehadas e reparos, corpo de guarda, cestones (sic), alojamentos, portadas de cal y canto, armazens para munições , e fora della outro armazem de respecto (sic) .»
« ...y entro (Bento Marciel Parente) com ochenta hombres, y quatrocientos Indios, flecheros em las Provincias de los Tupinambás rebelados, que avian muerto mas de cien Portuguezes esparcidos, y empeçando a castigarlos em las aldeãs de Tapuytapéra, los fué siguiendo, matanto y destruyendo, hasta El Gram Pará, em que ay mas de cien léguas: y depues de hazerlos levantar El sitio de la Plaça de V. M los fué seguirndo, matando, y prendiendo a muchos dellos, mas de duzientas léguas tierra adentro, com que quedaron harto castigados, y los Indios de aquallas Provincias escarmentados...»
«... e se entende que passaraõ  de quinhentas mil almas os mortos, e cativos. Alguns, que escaparaõ se faraõ valer dos Portuguezes ao Pará pedindo paz, e misericórdia, e o padre Vigario Manoel Fulgueira (sic) de Mendõça os fez ajuntar em hua aldeã no Separará(1), promentendo lhe amparallos ali, se elles fossem fieis; como parece serão, por serem poucos, e estarem assas escarmedados, e com isso ficou , e está esta Provincia posta em paz que com pouco se pode hoje povoar em qualquer parte della.» »
­ 1773 ­ Em officio desta data ao ministro e secretario de Estado Martinho de Mello Castro, dizia governadôr João Pereira Caldas, referindo-se ao estado financeiro da caapitania: “porem a falta de meios na Fazenda Real a tempo que a divida que nella ficou di Governador do meu Antecessor se vai cada vez mais reconhecido maior e já em excesso de quinhentos mil cruzados, e segundo a averiguação que ainda continua nos infinitos papeis e mandados de despeza que aqui giravaõ como dunheiro me causa a maior mortificação, porque tudo assim se atraza e impossibilita...”
A falta de pagamento aos credores importava então em 116:000$000; “o Estado fez despeza mto.superior ao seu rendimento”, conforme notar João Pereira Caldas em seu officio.
­ 1839­ Entrou em posse do cargo de thesoureiro da Recebedoria provincial do Pará José Joaquim Rodrigues Martins, que o exerceu até 17 de Dezembro de 1846 (vide esta data).
José Joaquim Rodrigues Martins, que foi depois administrador da Recebedoria de rendas internas do Pará (1846), e pertencia á ordem da Rosa, era filho de João Marcellino Rodrigues Martins, cavaleiro fidalgo da Casa Imperial, cavalleiro da Ordem de  Christo, tenente coronel de milicias e inspector do Thesouro publico do Pará (1848), que tevê alêm delle, de d.Maria do Carmo Moreira, com quem era casado em segunda nupcias:



(1)  O titulo todo da obra é ­ « Relaçam sumaria das covsas do Maranhaõ , Escripta pello capitão Symaõ Estacio da Sylueira. Dirigida aos pobres deste Reyno de Portugual.  Em Lixboa a 7 de Março de 1624. Symaõ Estacio da Sylueira. Com todas as licenças necessárias. Por Geraldo da Vinha.  Anno de 1624 ». A Bibl. Nac. do Rio de Janeiro possúe um exemplar original sob o numero 11, no cod. CCCXLVI-17-134, e 227 do Cat. da col. « Castello Melhor ».
(2)  Fortaleza de Mariocaï ou Gurupá.
(1) Separú ou Caparurú  era a ponta que se chamou depois Tijioca. A aldêia a que se refere o auctôr foi posteriormente denominada Curucá pelos Jesuitas.

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