14 DE JUNHO 1624
14
DE JUNHO 1624 O
capitão-mór Bento Marciel Parente, por carta desta data, concedeu a Balthasar
de Fontes e a sua mulher d. Maria de Mendonça uma légua de terras, que
começavam á margem esquerda da foz do rio Bujarú, affluente esquerdo do Guajará
(vulgo Guamá), descendo pela margem esquerda deste abaixo.
Esta concessão foi
confirmada pelo governador Francisco Coelho de Carvalho em 14 de Maio de 1627.
Balthasar da Fonseca e sua
mulher doaram essa légua de terras ao convento do Carmo, para o patrimonio
deste, em 20 de Maio de 1627, por escriptura pública. Fr. Francisco da
purificação, commissario pronvincial e fundador do dicto convento, tomou posse
da doação, demarcando-a, em 2 de Junho do mesmo anno.
Então fundaram ahi os frades
uma engenhoca de moer canna, levantando uma capella com a imagem de Sancta
Terêsa de Jesús; e por ficar esta capella em um alto aprasivel, donde se
avistava grande parte do rio Guajará, para um e outro lado do sitio, deram a
esse logar o nome de Sancta Terêsa do
Monte Alegre.
Em 1703, por não existerem
já os títulos de posse, foi esta novamente requerida pelo prior fr. Paulino de
Sancta Terêsa, allegando posse immemoravel, o que foi com effeito concedido
pelo governador do Estado, Manuel Rolim de Moura, em 20 de Fevereiro do memso
anno, sendo demarcadas novamente as terras, desde a bôcca do Bujarú, que ficou
servindo de marco, a 13 de Septembro, dia em que se effectuou a nova posse.
Essa fazenda, que se possuia
um cacaual e plantações de mandioca, arroz e feijão, era conhecida por Engenhóca, talvez por causa da que nella
havia para moer canna, de que se fazia mel e aguardente.
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