18 DE JUNHO DE 1621
18 DE JUNHO DE 1621 (Baena
diz EM JULHO) Tomou posse do governo da capitanía Bento Marciel Parente, por
provisão do governadôr geral do Brasil d. Luíz de Sousa. Fundou a fortaleza de
Gurupá e abriua communicação por terra para o Maranhão. No seu tempo se separaram
as duas capitanías, do Pará e do Maranhão, do Governo geral do Brasil,
constituindo ambos um só Govêrno geral e independente, com o nome do Estado do
Maranhão, para o qual foi nomeado goveradôr geral e independente, com o nome do
Estado do Maranhão, para o qual foi nomeado governadôr, no mesmo anno de 1621,
d. Diogo Cárcamo, que não acceitou o encargo porse achar já velho, sendo em seu
logar nomeado d. Francisco de Moura, que acabava de ser governadôr de Cabo
Verde, que tambem foi dispensado, nomeando-se para substituí-lo a Francisco
Coelho de Carvalho.
1718
Tomou posse do governo do Estado do Maranhão Bernardo Pedreira Pereira de
Barreto, nomeado pela resolução régia de 2 de Abril de 1717 e patente de 21 de
Janeiro de Janeiro de 1718. ( V. 13 de Março de 1748.)
1760
Por carta régia foi ampliada a de 28 de Agosto de 1758, que estabeleceu a
juncta de Justiça Militar no Pará.
1761
Por carta desta data, em que remettía ao secretario de estado de planta das
accommodações que fez « nas lojas do Collegio para o Armazem das armas e mais
pretrechos de guerra pertecentes ao Almoxarifado» fazia o governdador Manuel Bernado de Mello e
Castro notar «que com esta obra de pouca despeza evitára a de cento e tantos
mil réis cada anno, que Sua Magestade pagava alugueis para o mesmo ministerio».
Sendo até então o referido armazém em uma casa « que o governador Francisco
Pedro de Mença Gurjão para isso alugára, em 1748 e ficava ao pé do Palacio,
canto da Travessa da Rezidencia».
1782
Foi nomeado tenente de mar d. Francisco
Mauricio de Sousa Coutinho. (Gazeta de Lisbôa de 13 de Julho de 1782).
1794
Em virtude do estabelecido no aviso de 24 de Maio desde anno, a Juncta da
Fazenda Real tomou posse da egreja dos frades Mercenarios, inventariando-a.
Do
convento foi tomado posse a 27 desde
mesmo mêz e anno, sendo por essa occasião sequestrados os outros bens que
possuem os frades, e que constavam de 375 escravos, terras e fazendas de gado,
principalmente em Marajó.
As
fazendas que possuiam os Mercenarios nesta ilha eram:s. Lourenço, Santo André,
Arari, S. Pedro Nolasco, S, José citano (sic), S. Miguel, s. João e S.
Jeronymo. «O número de gado que podiam ter nessas fazendas, calculado pelas
terras dos annos anteriores a 1794, suppoz-se que montavaõ a 30.000 bois e 40 mil
vacas, e que se regulava a 1.000 rs. Por cada cabeça~, e do gado cavallar
poderião ter 8.000, que se re gulava a 600 rs. por cabeça», diz um documento de
então (Arch. Publ. Nac.).
Alêm
das acima enumeradas, possuíam os Mercenarios em Marajó a fazenda agrícola e
engenho de Sancta Anna, na foz do Rio Arari.
A
fazenda Arapijó, que tambem fazia parte dos bens sequestrados, e estava «situada
em tres quartos de terras no rio Marapanim, e que principia do igarapé Sancto
Antonio abaixo da mesma Fazenda, correndo pelo rio Marapanim acima á mão
direita até o Igarapé abaixo do sitio de João Capistrano, e com uma legoa de
fundo, avaliada em 5:423$480 rs., inclusive nove escravos que estavam na
fazenda Val de Caens, foi arrematada em hasta pública, aos 15 de Fevereiro de
1789, por Estanislau José Rodrigues Barata, pela quantia de 7:623$430 rs., aem
7 annos.»
Esta
fazenda era o logar preferido para Villegiatura
dos frades commissarios do Convento.
A
fazenda de Val de Caens, avaliada em 21:789$830 rs., a fazenda e engenho de
Santa Anna, no foz do rio Arari, emMarajó, não foram vendidas nesse anno de
1799, apezar de offerecer o largo prazo de nove annos para pagamento,porque
diziam «estarem avalidas em preço muito subido» (1),continuando
sob a admistração da Juncta da Fazenda Real.
A
primeira destas fazendas, a de Val de Caens, foi arremetada no anno seguinte,
1800, pelo reverendo beneficiado Antonio Duarte Souto, pela quantia de
24:00$000 rs. pagos a prasos.
Esta
fazenda, que dista um légua da cidade de Belêm, e está situada á margem
oriental do Guajará, próximo á Fortalesa da Barra, foi deixada em testamento
aos padres Mercenarios, em 1675, por d. Maria de Mendonça, viuva do segundo
capitão-mór do Pará Feliciano Correia, e filha de Antonio Rodrigues Lameira da
Franca (V. 25 de Maio de 1648) e da mulher deste, d. Cecilia de Mendonça,
natural do Maranhão, juntamente com algumas pensões, com a clausura de que, si
o mesmo convento se extinguisse, passaria
a dicta fazenda á Sancta Casa de Misericordia do Pará, e que, não sendo
por estas acceita as condições estabelecidas, reverteria ella ao convento do
Carmo.
Talvez
houvesse influído nesta doação o ter d. Maria de Mendonça um ermão, fr. Estevam
de Lameira, na ordem dos frades Mercenarios.
Quanto
ás clausuras que a deixou a doadora, não foram respeitadas pelo Govêrno da
metropole, apesar das ponderações do governador do Pará.
A
fazenda de Val de Caens foi a primeiro que no Pará possuiram os Mercenarios;
nella edificaram estes frades a capella e a casa conventual, que ainda hoje ahi
existem. Na avaliação feita pela Juncta da Fazenda dos bens sequestrados foram
comprehendidos, alêm de referidos: a casa ou tellheiro da olaria, em que se
fabricavam tellhas, tijolos, fôrmas para assucar, bojitas para aguardente e
outra louça commum e um forno para cozer cal; um engenho de descascar arroz,
movido por agua; as casas de rancho dos escravos; 1836 pés de café fructiferos;
e oitenta e dous escravos de ambos os sexos alêm de uma ferraria e seus
pertences. (v. 11 de Maio de1798).
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