25 DE SEPTEMBRO DE 1619
25 DE SEPTEMBRO DE 1619
Foi
conferido o govêrno da capitania, pela tropa e pelo povo, aos capitães da
Custodio Valente e Predro Teixeira e a fr. Antonio da Marcianna, em
consequencia da deposição de Mathias de Alburquerque. Retirando-se para
Portugual e capitão Valente, e excudando-se de servir frei Antonio Marciana,
ficou so no govêrno de Predro Teixeira.
1717
Provisão sôbre os indios Aroans e pesqueiro de Joânes:
«Dom João etc. Faço saber a vós
Christovaõ da Costa Freire, Governador e capitão general do Estado do Maranhâo,
que o capitão mór do Pará José Velho de Azevedo, em carte de 24 de Julho deste
prezente anno, attendendo mais á miséria com que passavão os pobres soldados
daquella Praça, do que o prejuíso que se segue a minha Real Fazenda, me reprezentava
em como stava quasi atenuado o pesqueiro dos Joannes, o qual andava arrendado
em dez mil cruzados por triennio, sendo a cauza em parte este mesmo
arrendamento, em razão dos indios que nelle assistem andarem muito vexados,
pois quem os arremata se serve delles para todo o trabalho, em que alguns
parecem, e juntamente por causa das Aldeas dos Arons, que estão próximas, pelos
Indios dellas andarem sempre frechando o peixe, elançando nos Igaraés ou rios
ervas peçonhentas com que destroem pequenos e grandes, que que devia mandar
acudir, assim pelo damno que se segue á mimha Real Fazenda, como para naõ
faltar o único sustento, pois naõ havia outro para os soldados e povo, mandando
aos Prelados das Provincia de Santo Antonio e Conceição mudem as Aldeas para
outras paragens mais distantes, ficando só a dos Joanes, e a do Cayá, que são
as que concorrem com os Indios para a tal fabrica, e juntamente que se naõ
arrende, e ande por minha conta, como andou quase sempre, e que assim andarão
os Indios gostosos, por dizerem me andaõ servindo e naõ alugados a pessoas que
os maltrataõ: Me pareceo ordenar-vos informeis, com vosso parecer nesta
representação que mefaz o Capitaõ mór do Pará, quanto a ervas perçonhentas, que
os Indios lançaõ nos Igarapés e rios, que procureis evitar este damno, fazendo
com que se observe o que dispoê a Ordenação neste particular, e aos Prelados
das religiões de Santo Antonio, a quem estaõ sujeitos estes Indios Aroans, que
saõ da sua administração, e elles missionaõ, ponhaõ todo o cuidado em evitar o
prejuizo que fazem os ditos Indios. ElRey Nosso Senhor o mandou por Aantonio
Rodrigues da Costa, e o Doutor José de Carvalho Abreu, Conselheiros do seu
Conselho Ultramarino, e se passou por duas vias. Joaõ Tavares a fez em Lisboa
Occidental a 25 de Setembro de 1717»
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