12 DE MARÇO DE 1726
12
DE MARÇO DE 1726 Nesta data fes Luis Gonçalo Sousa de
Macedo, barão de Ilha Grande de Joânes, uma segunda doação de terras aos frades
Mercenarios.
A primeira doação foi por elle
efectuada em 1696 (V. 6 de Fevereiro dêste anno).
1761
Em aviso desta data, dirigido ao governador e capitão general do Pará, Manuel
Bernado de Mello e Castrô, comunica-lhe o secretario de estado Francisco Xavier
de Mendonça Furtado que, «considerando
Sua Magestade que o dr. João Angelo Brunelli e Antonia José Landi se poderião
empregar mais ultimante no Real serviço do mesmo Senhor nesta Corte, do que
nesse Estado, Foi servido que ambos passassem logo a ella, na primeira
embarcação que sahir desse porto, e ordenada que V. S.a ajuste a sua
passagem, advertindo-lhe que devem ser muito bem tratados, para o que se
preparará competente; e aos sobreditos aviso nesta conformidade». Responde o dicto governador ao
referido secretario em officio de 4 de Junho do mesmo anno, communicando que «parte para Lisbôa o dr. João Angelo
Brunelli, em observacia da ordem que recebera, e que não vai tambem Antonio
José Landi, por estar ajustado a casar com a filha do Sargento-mór pratico João de Sousa Azevedo».
Retorna ao governadôr o secretario de
Estado, participando-lhe que ... «quanto
a ficar na cidade do Pará Antonio José Landi para casar com a filha de João de
Sousa Azevedo, para se estabelecer na mesma Cidade, approvou Sua Magestade
inteiramente a dita resolução, e que elle Governador o favoreça no que couber
no possivel».
Antonio José Landi era natural de
Bolonha (Italia), onde nasceu em 1708. Exercia o cargo de professor de
Architectura e Pespectiva do Instituto de Sciencias as sua cidade natal, quando
passou a Portugual, contractado por d. João V como architecto.
Nomeado para a commissão de limites
organizada em execução do tractado de 16 de Janeiro de 1750, embarcou em 2 de
Junho de 1753 para o Pará, onde chegou a 19 de Julho desse anno. A 2 de Outubro
de 1754 seguiu elle para a Villa de Barcellos, logar designado para as
conferencias, em companhia do governadôr e capitão general Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, primeiro commissario de limites, e de mais membros da
commissão. Suspensos os trabalhos de demarcação (nunca iniciados), em
consequencia do tratacto de 12 de Fevereiro de 1761, que anullou o de 16 de
Janeiro de 1750, voltou Landi a cidade do Pará. Por carta patente de 6 de Maio
de 1768, passada pelo governador Fernando da Costa de Ataïde Teive, foi nomeado
capitão do 2° terço de infantaria auxiliar. Occupava-se em Belêm no
levantamento de plantas e construção de vários edificios publicos e
particulares (palácio do govêrno, egreja de Sancta Anna, etc.), quando, em
comprimento da ordem régia de 29 de Agosto de 1783, communicada em avíso de 31
do mesmo mêz e anno, foi mandado servir na comissão de demaracação de limites
organizada em execução do tractado de 1 de Outubro de 1777. Em meiados de
Janeiro de 1784 partiu elle, em companhia de Manuel da Gama Lobo d’Almada, para
a villa de Barcellos, onde se achava o chefe de commissão, João Pereira Caldas,
a quem se apresentou logo ao chegar, em Abril do anno referido. Tendo sido
atacado de uma paralysía em Maio de 1787. Recolheu-se do anno seguinte á cidade
de Belém, onde veio a fallecer em 1790, sendo sepultado na egreja de Sancta
Anna. Antono José Landi morou e morreu em uma casa da rua então tinha o seu
nome (rua do Landi), depois rua da
Trindade e hoje padre Prudencio.
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