8 DE NOVEMBRO DE1753
8 DE
NOVEMBRO DE1753—
Tendo o rei d. José I resolvido reunir aos bens da coroa todos os dominios
ultramarinos doados por mercê dos reis seis predecessores a alguns
particulares, foi assignada nesta data a escriptura celebrada com o «Porteiro mór» Manuel Antonio de Sousa e Mello, que por Ella
cedia ao rei o senhorio da capitania de Caité, no Pará, pela mercê da Villa de
Anciães, de juro e herdade, dispensa tres vezes a lei mental, com a data de
todos os officios e nomeação de ouvidores e de 600$000 de juro cada anno, pago
pelos effeitos do Conselho Ultramarino, “com todas as mais circunstancias e
regalias de mercê da Capitania cedida” (1)
Manuel Antonio de Sousa e Mello era filho de José
de Sousa e Mello, senhor donatário da mesma capitania, fallecído em Lisbôa a 27
de Fevereiro de 1750, com 78 annos e sete dias de edade, e sepultado na jazigo
da sua casa, no convento de Sancto
Antonio dos Capuchos.
—1760— Em officio desta data, tractando da fortificação
e defesa as barra do Pará, e lembrando da fortificação e defesa as barra do Pará,
e lembrando outras providencias para a capitanía, dizia o bispo do Pará d.fr.
João de S. José de Queiróz ao ministro conde de Oeiras: “ e antes de tudo tem
(a barra do Pará) os horrives baixos de Tijioca, em que até os práticos com
vinte e duas viagens como o Capitão João da Silva, vem tremento sete ou oito
dias com a sonda na mão de quatro e quatro minutos, e dous Pilotos da gávea
todo o dia que é quando se navega”. A’ vista disto, parece que Francisco
Caldeira Castello Branco não teria podido sair do Maranhão em Novembro de 1615
e fundar a cidade de Belêm a 3 de Dezembro desse mesmo anno, como pretendem
alguns auctores, sobretudo sendo a primeira viagem que elle e sua gente faziam
por estas paragens, em descoberta.
—1797— Por aviso mandou-se entregar a egreja dos
extinctos Jesuitas á Irmandade da Misericordia e a dos Mercenarios tambem
extinctos, à Irmandade do Sancto Christo do Forte (Docs. do Arch. Publ. Nac.).
Essas egrejas foram entregues ás referidas
irmandades por termo de 1° de Março de 1798, sendo a prata e alfaias da egreja
das Mercês enviadas ao bispo, para o uso cathedral.
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