10 DE DEZEMBRO DE
10 DE DEZEMBRO DE 1697—
Carta régia acerca do testamento de Hilario de Sousa de Azevêdo em favor dos
frades da Piedade: Antonio de Albuquerque Coelho Carvalho. Eu El-Rey vos envio
muito a saudar. Tendo consideração ao que epresentou a juncta das Missões de se
achar a obra do Hospicio que se manddou fazer no Gurupá para os religiosos da
Peidade nos primeiros alicerses, e que os ditos Padres se achavaõ com grande
desconsolação por lhe faltar naõ só a commodidade necessária para a vida, mas a
clausura da mesma vida religiosa que prodessaõ, sendo o sei procedimento
exemplar entre todos os Misssionarios, e a sua assistencia de grande utilidade
para o brm das almas que administraõ,e já pela opinião que delles geralmete se
tem, e devoção que lehe tinha o capitão Hilario de Sousa de Azevedo lhes deixou
em seu Testamento hua Ermida que fabricou em pouca disitancia da Cidade do
Pará, para junto della fazerem enfermaria para os doentes que viessem do
certão, com obrigação de sua mulher os sustentar enquanto viva, e de lhes fazer
cazas em que assistaõ sempre dous Religiosos, e por morte de sua mulher
cincoenta mil réis todos os annos para a sua ordinária; Hei por bem que o dito
Hospicio que no Gurupá se mandou fazer para os ditos padres da Piedade se acabe
com toda a brevidade, e de conceder licença para o segundo da Infantaria que
lhes deixou o Capitão mór Hilario de Souza, de que vos aviso para que façais
executar esta minha resolução na parte que toca a se acabar o Hospicio que se
mandou fazer para estes Padres no Gurupá, e para que naõ impidais o segundo da
enfermaria que lhes deixou o dito Hilario de Souza, antes lhes dei toda a ajuda
e favor, para que se consiga. Escripta em Lisboa a 10 de Dezembro de 1697. Rey.» (V. 15 de Maio de 1697 a 19 de
Fevereiro de 1691).
— 1820— Chegou
neste dia de Lisbôa ao Pará, com 43 dias de viagem, a galêra «Amazonas», navio em que veio Patroni, a quem se
refere este trecho de um officio dirigido em 11 desse mêz e anno a Thomaz
Antonio de Villa Nova Portugual pelo Govêrno interino:
“Os
passaportes eraõ passados pelo novo Governo, Trazía immensos periódicos,
papeis, e folhetos públicos impressos, dirgidos a diferentes pessoas pelo saco
do correto, contendo tudo quanto se ha passado, e escripto em Portugual desde o
dia da Revolução em 24 de Agosto do corrente anno. Elles são escriptos em fraze, como havendo ali a liberdade de
impressa, e portanto julgamos suprimir todos os que vinhão na malla, até
que recebamos se Sua Magestade as ordens positivas sobre este objectivo,”
(Bibl. Nac. do Rio de Janeiro, docs, sobre o Pará, lata n.3).
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